A Biblioteca da Meia-Noite (Matt Haig)
- Laila Vitória
- 30 de set.
- 2 min de leitura

Eu preciso começar agradecendo à minha “eu” do passado por ter insistido em ler A Biblioteca da Meia-Noite, mesmo desconfiando que talvez não fosse gostar. Obrigada, Laila! Esse livro acabou de conquistar um lugar especial na minha lista de favoritos. É impressionante como nada acontece por acaso: essa leitura chegou exatamente no momento em que eu mais precisava.
A história gira em torno de Nora Seed, uma mulher de 35 anos que carrega um profundo arrependimento pelas escolhas que fez. Após uma sequência de acontecimentos dolorosos como perder o emprego, ver seu gato morrer e até ser rejeitada como professora particular de piano, ela decide acabar com a própria vida. Mas, ao invés do fim, Nora desperta em um espaço misterioso, uma biblioteca entre a vida e a morte.
Nesse lugar, ela reencontra a antiga bibliotecária da escola, alguém que já tinha sido um porto seguro em sua infância. A cada livro nas prateleiras, Nora tem a chance de experimentar versões alternativas de sua vida: pode ser uma popstar, uma nadadora olímpica, uma esposa, uma cientista, qualquer coisa que um dia tenha imaginado.
Mas logo ela percebe que, em todas essas possibilidades, sempre há algo faltando. Em uma vida, o irmão está morto; em outra, a mãe não está mais presente; em outra ainda, ela descobre que o casamento que tanto sonhou é infeliz e marcado pela traição. Até que encontra uma versão que parece perfeita, quase real demais.
No entanto, é justamente aí que ela entende: mesmo em meio às dores e frustrações, sua vida “imperfeita” também é cheia de significados, conexões e amor. Nora então decide lutar para voltar. E, ao acordar, escolhe viver a própria vida de forma mais plena, valorizando cada instante.
Meu trecho favorito: ''O céu escurece, o preto sobre o azul se vê, mas as estrelas ainda ousam brilhar por você.''
É um livro lindo e emocionante, que muda nossa percepção sobre escolhas, arrependimentos e, principalmente, sobre o valor da vida. Depois dele, fica impossível não querer viver com mais intensidade.




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